rss
email
twitter
facebook

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A prece - Valores da Vida

Já faz um tempo que li a trilogia da história do Rei Arthur contada pelo autor Bernard Cornwell, pra quem não sabe Arthur é considerado o maior de todos os reis da Inglaterra, ele é o cara da Távora redonda, “amigo” de Lancelot, querido de Merlin, etc... ninguém sabe ao certo se ele foi rei mesmo, ou se ele existiu de fato. Contudo Bernard Cornwell baseado nos últimos descobrimentos arqueológicos e históricos tenta remontar a história de Arthur a partir de uma nova ótica, enquanto todos retratam Arthur como um exímio guerreiro, um homem forte que nem a traição de sua esposa com seu melhor guerreiro, Lancelot no caso, foi capaz de derrubar ou desanimar o voraz Arthur, o senhor de todas as guerras, pois em suas mãos havia a Excalibur a espada dos deuses.
Na contramão da via, Bernard retrata um Arthur humano que o seu maior feito foi preservar o seu coração compassivo com a história alheia em meio ao caos que afligia a sua vida, na verdade este Arthur apresentado por Bernard, não era grande pelas batalhas vencidas, ou por seu enorme éguaLlamrei, ou por sua estatura (brincadeirinha rsrsrs), Arthur era grande por que era nobre, era grande por que o seu maior desejo era ajudar o seu povo e proteger a sua terra da maneira mais pacifica possível.
A partir dessa linda história inquietei-me acerca de algumas questões da minha alma, percebi que a minha bondade era fácil de ser sustentada, pois era muito fácil ser bom no meio em que vivia, não havia confrontado a dureza da vida, dentro de mim não existia “o encanto de chorar com um filme na TV, ou de se emocionar com uma história de clichê” (musica Gratidão da Banda Tentativa 2), pois a minha religião era pobre e egoísta e o meu amor demagogo, percebi que tudo o que os meus “mentores espirituais” me ensinaram me afastavam da vida, e que por estar distante não sentia a maravilhosa dor da compaixão, o impulso de me esvaziar pra ajudar, o desejo pelo bem alheio, o verdadeiro constrangimento do amor. Era um insensível do pior grau.
Hoje peço a Deus que o conforto não me estacione, que o meu circulo não me torne egoísta, que minhas idéias priorizem a vida, que o meu amor nunca seja suficiente, e que minha vida acrescente algo para as pessoas, que eu sofra com o mal comum, e que os meus atos caminhem com minhas palavras, que diante do dia mais perverso e das pessoas mais perversas eu consiga ser humano.
A vida é bela e a idéia é nobre

por Silas Lima

domingo, 5 de setembro de 2010

Que o meu coração seja racional

Passamos por situações que nos permitem associações diversas, e com o tempo sabemos distinguir o certo do errado, o bom e o ruim, o que agrada e o que desagrada, e, por toda nossa trajetória de vida vamos nos conhecendo e aprendendo mais sobre nós mesmos. Nos aperfeiçoando em sermos originais e menos complicados.
A minha questão desta vez é o porquê não enxergarmos essas associações quando estamos apaixonados ou amando?
Sabemos que não podemos nos humilhar por ninguém, muito menos pensar mais em alguém do que em noz mesmos a ponto de perdemos a noção de tempo, espaço, pensamentos reais e ilusões dentre tantas outras coisas. Como tudo isso acontece sem que ao menos percebamos?
Existem estudos que mostram reações químicas acontecendo no momento do encontro, ao ouvir a voz da pessoa amada, ou em um simples toque das mãos. Mas imagino que teoricamente o cérebro coordena toda e qualquer liberação química, seja ela benéfica ou maléfica. Como esse mesmo “organizador” vital pode nos deixar vacilar em momentos como esses, onde a nossa única proteção é se afastar para que não haja o contato sequer imaginário?
Isso a meu ver explica o simbolismo do coração ao amor, afinal ele é vital para o corpo, mas não raciocina em nada. Apenas pulsa por ordem cerebral.
Começo então a caminhar em outros pensamentos tais como:
- Se não controlamos o amor, mas sempre sofremos por ele seria ideal então evitar amar?
- Se é inevitável amarmos, e não temos controle sobre o sentimento, então, se amarmos fortemente uma pessoa que não se encaixa em nossas associações de vida passaremos tempo demais ou até mesmo uma vida inteira pura e simplesmente por falta de controle de nosso intelecto?
E pensamentos como esses as vezes me atormentam, as vezes me impulsiona.
Sei que todos já nos apaixonamos, amamos, odiamos e sentimos indiferença talvez a mesma pessoa. Mas isso é apenas uma pequena expressão do que penso no momento.
Se eu quero apaixonar? Sem dúvidas.
Se quero amar? Faz parte de mim!

Uma paixão capaz de associar o que é preciso.
Um amor que de tão racional perca o sentido.
Que o meu coração seja racional e por isso seja vital!
Mas quem sabe isso não seja pedir demais!?

sábado, 4 de setembro de 2010

Expressão sobre a vida

Há muito não escrevo no blog, mas, após ver “A Última Musica” fiquei mexido a ponto de externar minhas idéias, meus pensamentos que ainda estão em turbilhão.
Começo esse texto comovido, mexido, preocupado, intenso, sensível, um pouco em lágrimas, com pensamento longínquo, imaginando o que poderia ser, o que será e mais ainda com o que tenho feito com relação ao meu presente. Começo um texto sem idéia do começo, muito menos do meio, e, querendo imaginar assim como a vida, como será o seu fim.
Acho que esse filme mexeu demais em mim por tratar exatamente daquilo que eu vivo, espero, temo e ainda mais, anseio:
VIVO de uma maneira intensa a ponto de sentir raiva, amor, carinho, desapego, apego demais, preocupação com as pessoas e por ai se segue;
ESPERO como todas as pessoas do mundo, mesmo as que não assumem ou se escondem, que eu possa encontrar um amor que seja pra vida toda, que me faça bem, que seja o meu lado bom fora de mim, que me sinta e me permita senti-lo, e muito mais que só o amor “Que vai além do amor” pode me causar;
TEMO como muito e como poucos, que a morte me alcance em momentos não desejados, se é que há algum momento que se deseje a morte. Não quero morrer e não deixar um pedaço de mim, ou morrer e deixar uma paixão inacabada, deixar filhos pelo meio do caminho e sem um pai, sem cumprir aquilo que gostaria, ou sendo mais “Cristão” sem combater o bom combate e entre muitas coisas mais;
ANSEIO que minha vida assim como o que mais gosto de me expressar seja uma bela música, uma que fale sobre as coisas boas e más da vida que vivi, sobre o que eu sei e o que por causa da morte nunca saberei, sentimentos que senti e que por sua melodia outros também o sintam. Quero poder com os que amo terminar minha ultima e talvez única canção
Enfim, tendo dito tudo isso, só consigo pensar, que a vida nunca é como queremos que fosse. Que esperamos na verdade um protótipo daquilo que fomos ensinados a esperar, sentir o que estamos acostumados a sentir, e viver de uma maneira limitada porque é assim que as coisas são.
Prefiro encerrar com uma frase que tuitei logo após o filme.

“Impressionante como erramos, como nos prendemos aos nossos erros e paramos no tempo. Deus, a vida é tão curta. Permita-me mais!