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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

POESIA DA EXPRESSÃO

Desperto-me elétrico, pensamentos espalhados, correria mental,
desespero tardio, traz a vontade de ser.
Como se nunca tivesse vivido no mundo, afobo-me em entender o que talvez não preciso.

Deito-me calmamente, imaginando o que o amanhecer tem guardado, mas esquecendo-me que somente os sonhos desta noite é que podem me fazer entender.
Me nego, reluto, quero viver o amanhã hoje, na esperança de não perder nenhum dia.
Quero o controle do sabor do desconhecido. Ver com os olhos apenas o que o coração pode sentir, e fingir que a razão nunca irá interferir.

Minto para os meus ouvidos repetindo frases de efeito que sempre ouvi, e que de lenda acalmam a alma.
Alma que não pode entender aquilo que não vê nos teus olhos.

Acostumei a ter tudo que preciso manejando as palavras ditas com o olhar.
Sentei-me a varanda do entendimento como se ainda houvesse tempo que com a mente eu pudesse buscar.
Com um copo a mão refresco minha memória, tentando me lembrar o que de longe vivi.
Esqueço-me que sou apenas um homem que nada sabe senão sentir.

Contudo ainda me lembro do teu coração, dos teu olhares e de tuas mãos que ao meu rosto me fazem aquietar.
Invento momentos que de tão simples me desesperam pra que eu não deixe passar.
Meu coração acelera, minhas mãos suam, meus olhos não se concentram, meu medo aparece, minha vaidade se esvai, meu ritmo enlouquece, e os meus pensamentos bem de antes já não são mais meus.


Percebo que de tudo que eu pensei, a felicidade não verei se os teus olhos não reencontrar.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

...sem chão


Quem lê o que escrevo, sabe que são os sentimentos que me fazem escrever.
Assim como são os sentimentos que movem minha vida.
Existem metas, lugares, desejos, razão. Mas a verdade é que nada disso importa se não há com quem compartilhar.

Eu vejo a vida como um mar de sentimentos.
Sentimos raiva, incerteza, insegurança, medo, alegria, amor, paixão...
um mix de acontecimentos, pessoas, e aprendizado!

Aprendi com o longo do tempo que se a vida não fosse difícil, eu com certeza seria mole.
Odeio quando erro, odeio quando falho, quando não cumpro, quando não termino.
Mas odeio mais ainda quando encontro algo em mim que precisa ser mudado e eu não tenho controle.

O importante é entender que ninguém pode viver por você.
Nenhum sentimento alheio será o seu, e nenhuma compreensão de mundu será a sua.
Logo, ninguém vai te entender como você gostaria.

Isso me afeta diretamente, afinal, entendido isso, percebi que só a sinceridade pode me levar onde quero, e me fazer amar amigos ou uma companheira.
Afeta porque ficamos um pouco imunes a paixão. Agimos com a razão, e nos damos conta que sufocamos a liberdade da paixão e do sentimento desesperador que nos faz perder o chão.
Porque no fundo... no fundo é horrível perder o chão.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A CULPA DO MEU BEM

Quando você acorda e percebe o sol
Quando um sorriso qualquer diz muito mais
As percepções estão para além do normal
As palavras tem muito mais sentido,
e os sentimentos já não são conturbados

Quando tudo está assim espalhamos que estamos bem.
Os nossos olhos entregam a alma e nossa vida gera amor.
Quando sorrir não é esforço,
 Dizer é alívio e recarrega os verbos que há em mim.

E tudo, absolutamente tudo é demais,
Tudo isso é por alguém.

Basicamente...
A culpa do meu Bem!

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